quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Há motivos ocultos para a morte?

Pensando sobre a morte, indaguei-me a respeito da possível existência de critérios misteriosos que determinam o momento do desenlace. Haverá alguma razão oculta para pessoas, que dedicam a vida cuidando da própria saúde, morrerem “prematuramente” e pessoas morrerem com idade avançada sem nunca antes terem demonstrado alguma preocupação com tais cuidados vitais?
Decerto não fui o único a ter me indagado sobre essa característica peculiar da finitude humana. Existe um dito popular que trata exatamente sobre este tema: “Vaso ruim não quebra facilmente”. O tema aparece também em uma composição de Renato Russo, grande cantor e poeta brasileiro, imortalizado por ter criado inúmeras composições que versam sobre aspectos da existência humana: “Os bons morrem jovens. Assim parece ser quando me lembro de você, que acabou indo embora cedo demais”. 
Talvez, a busca de tal explicação não caiba à ciência, mas sim ao misticismo. Por outro lado, a ciência estuda a origem da vida com invejável afinco. Porém, a morte parece ser explicada como conseqüência da existência de vida – nascimento, desenvolvimento, reprodução e morte. Outro dito popular diz: “A única certeza que podemos ter é a de que um dia iremos morrer”. Parece-me muito perturbador o conformismo com a idéia de que não exista uma razão também para a morte. Ou aceitar que não há propósito algum em viver, já que a morte há de chegar e “acabar com tudo” (mas essa é uma outra discussão – o que há após a morte?). Não me parece interessante a idéia de que a morte ocorra por acaso. Talvez haja uma razão, um propósito. Albert Einstein afirmou que o acaso é “a senda que Deus adota quando quer permanecer anônimo”. No mínimo, interessante.
Seria a morte um castigo? Seria ela uma recompensa? Depende?
Talvez, conhecer seja mais benéfico do que crer. O estudo da origem da vida, a compreensão das leis naturais, o contato com a espiritualidade podem auxiliar na compreensão deste tema tão intrigante e fascinante.

A ‘morte’ dá vida às dúvidas elementares. Será a ‘vida’ capaz de matá-las?