segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Questionamentos x Espiritualidade

Perguntas e dúvidas pouco contribuem na compreensão de vivências espirituais – ou conexão com o Divino. Aquele que alcançou algum contato com a experiência espiritual, de repente, se percebe livre da racionalidade exagerada, que, por fim, culmina em incredulidade. Talvez acreditar não seja o fator fundamental e determinante, mas sim, desfazer-se da prepotência que induz a considerar que podemos controlar tudo, inclusive a nós mesmos. Se o poder do controle absoluto fosse realmente propriedade do ser humano, haveria tanto desequilíbrio? Se assim fosse, o ser humano, em sua “posição privilegiada e superior de ser racional e inteligente”, erradicaria com êxito toda e qualquer forma de sofrimento existente, o que não acontece de fato. Assim, a abertura à contemplação, como disposição autêntica, nos permite testemunhar tudo o que excede o limite físico e intencional, podendo favorecer o conhecimento e a compreensão do, até então, Desconhecido. Aos interessados pela busca desse tipo de experiência, parece que a observação atenta tende a trazer mais benefícios do que a criação de inumeráveis questionamentos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Palavra Viva

As palavras são muito importantes. Expressam o que há de mais íntimo em cada ser. Por vezes somos traídos por elas e impedidos de comunicar conscientemente o que queremos transmitir. Uma única frase proferida pode conter os mais variados sentidos. E só o que convém é compreendido. Há um consenso implícito em nossas relações, no qual os sentidos possíveis da comunicação verbal são drasticamente reduzidos. É um fenômeno que possibilita um relacionamento mais civilizado entre as pessoas. Trata-se do que Fábio Herrmann, importante psicanalista, chamou de “redução consensual dos sentidos do discurso”. Não é por acaso que se pode facilmente ouvir a seguinte frase em qualquer discussão: “Não foi isso que eu quis dizer. Você não está me entendendo?” A palavra é o principal veículo das motivações e interesses inconscientes.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Você, o Sol e o Mar.

O Sol deixa de brilhar
Quando você fica triste.
Chega a secar a água do mar
Quando você desiste.


Hoje o sol vai iluminar
Os contornos do seu sorriso.
A água do mar vai completar
A bela imagem do paraíso.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Há motivos ocultos para a morte?

Pensando sobre a morte, indaguei-me a respeito da possível existência de critérios misteriosos que determinam o momento do desenlace. Haverá alguma razão oculta para pessoas, que dedicam a vida cuidando da própria saúde, morrerem “prematuramente” e pessoas morrerem com idade avançada sem nunca antes terem demonstrado alguma preocupação com tais cuidados vitais?
Decerto não fui o único a ter me indagado sobre essa característica peculiar da finitude humana. Existe um dito popular que trata exatamente sobre este tema: “Vaso ruim não quebra facilmente”. O tema aparece também em uma composição de Renato Russo, grande cantor e poeta brasileiro, imortalizado por ter criado inúmeras composições que versam sobre aspectos da existência humana: “Os bons morrem jovens. Assim parece ser quando me lembro de você, que acabou indo embora cedo demais”. 
Talvez, a busca de tal explicação não caiba à ciência, mas sim ao misticismo. Por outro lado, a ciência estuda a origem da vida com invejável afinco. Porém, a morte parece ser explicada como conseqüência da existência de vida – nascimento, desenvolvimento, reprodução e morte. Outro dito popular diz: “A única certeza que podemos ter é a de que um dia iremos morrer”. Parece-me muito perturbador o conformismo com a idéia de que não exista uma razão também para a morte. Ou aceitar que não há propósito algum em viver, já que a morte há de chegar e “acabar com tudo” (mas essa é uma outra discussão – o que há após a morte?). Não me parece interessante a idéia de que a morte ocorra por acaso. Talvez haja uma razão, um propósito. Albert Einstein afirmou que o acaso é “a senda que Deus adota quando quer permanecer anônimo”. No mínimo, interessante.
Seria a morte um castigo? Seria ela uma recompensa? Depende?
Talvez, conhecer seja mais benéfico do que crer. O estudo da origem da vida, a compreensão das leis naturais, o contato com a espiritualidade podem auxiliar na compreensão deste tema tão intrigante e fascinante.

A ‘morte’ dá vida às dúvidas elementares. Será a ‘vida’ capaz de matá-las?