quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Banalização tecnológica cotidiana

   A cada dia a tecnologia está mais acessível e se tornando bastante perigosa em alguns aspectos.
   Percebi, há dias atrás, a existência de vlog’s, uma espécie de conta em um site de divulgação de vídeos com gravações caseiras, nas quais as pessoas podem dizer o que lhes ocorre ao pensamento, ou podem atuar, discorrendo sobre assuntos diversos. Em alguns casos, quando “bem” divulgados, podem ser visualizados por milhares e milhares de pessoas, o que os torna poderosos formadores de opiniões. Acredite, isto pode ser realmente negativo, a depender do que se assiste e de quem assiste.
   Podem ser utilizados como exemplo estes mais famosos que “bombam” no twitter, ou seja, estes que se tornam altamente conhecidos pela massa que se utiliza desta ferramenta tecnológica contemporânea. Estes (alguns) expressam apenas opiniões, caras, olhares, bocas, palavrões e nada mais. Nada realmente que permita reflexão ou possibilidade de realmente respeitar o que está sendo dito. Mas é compreensível, visto que eles acabam alcançando seu principal objetivo, tornarem-se figuras muito conhecidas, famosas, célebres. Não estão interessados na disseminação de informações relevantes e que contribuam para qualquer melhoria da sociedade, mas sim em se autopromover, explicitar suas revoltas contra determinadas classes, obras, grupos sociais. Criticam. Generalizam.
   Mas será que estou apenas criticando também? Considero que não! Análise, aqui, não pode ser igualada à crítica.
   Refiro-me à critica neste caso, como sendo considerações infundadas a respeito de qualquer coisa ou assunto, apenas pelo prazer de extravasar um sentimento ou direcionar comentários carregados de afeto, simplesmente atacando. Existem pessoas sérias que trabalham com crítica (cinema, esporte, dramaturgia, etc), mas não é desta que trato neste texto.
   Ninguém tem o direito de definir o que é bom e o que é ruim (e não estou me referindo às ações que podem ser prejudiciais a outrem e que são crimes previstos em leis). Todos definem para si o que é bom e o que é ruim. Se um filme me faz bem, se gosto de tal, é porque, de certa forma, necessito assistí-lo para suprir alguma necessidade em mim, por mais simples que seja a configuração desta. Quem tem o direito de definir se uma obra ou qualquer outra coisa que faz bem a tantas pessoas é boa ou ruim? Quem? Particularmente, sim, têm todo o direito de dizer, comentar sobre o que lhe faz bem ou mal, o que é bom ou ruim para si.
   Aqueles que se julgam inteligentes atacando os outros ou qualquer coisa que seja está a anular qualquer sabedoria que tenha adquirido. Tudo é bom e tudo é ruim!

- escrito por Rodrigo Gusmão no dia 28/07/2010

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